terça-feira, 1 de outubro de 2024

No candomblé a dança não é só dança

 A dança no xirê é composta por uma série de gestos que simbolizam cada Orixá. Cada gesto é uma reprodução da essência do Orixá.

Ogum que guerreia em um constante cortar de espadas.

 Odé reproduz uma agilidade de movimentos rápidos que vem e vão de um lado para o outro. A agilidade típica de um caçador.

 Ossãe que bate suas folhas de um lado para o outro. 

Omolu que dança voltado para a terra e esbanjando a elegância, com suas palhas, comuns à um rei, o Rei Dono da Terra. 

Oxumarê demonstra a constante transformação que representa em seus movimentos diversificados, hora como gente, hora como cobra. 

Nanã que caminha lentamente sobre seu barro expressando a calma, a paciência e ao mesmo tempo a seriedade que lhe cabe. 

Oiá que provoca a ventania que nos sopra e em seus momentos de guerra corta com sua espada como Ogum. 

Obá com as mãos na orelha perdida por causa de seu amor representa também uma guerreira e caçadora que estende suas mãos de um lado para o outro para mostrar sua coragem, determinação. 

Ewá eleva, com as mãos, o seu poderoso olhar da terra para o céu expressando a importância de sua regência, que é a visão que vê além dos olhos. 

Oxum esbanja uma sensualidade meiga e doce ao ritmo do jexá. Com as mãos protegendo o ventre e segurando as belíssimas roupas. 

Logun Edé que caça e esbanja juventude em movimentos que expressam as características de Odé e Oxum. 

Xangô, com seu machados, expressa a imponência de um verdadeiro rei ao ritmo do alujá, com movimentos firmes e constantes e, por vezes, erguendo e girando seus machados, ou oxês, demonstrando seu poder sobre o trovão. 

Yemanjá, a grande mãe que reproduz o movimento de vai e vem dos mares e oceanos. Expressa o amor materno e familiar em seus atributos. 

Oxaguiã o jovem orixá da paz e da proteção. Com seus atoris vai à guerra pela defesa. 

Oxalufã, o grande ancião e mais experiente orixá. Um dos criadores do mundo e dos homens segundo a mitologia dos orixás. Emana paz, compreensão e tolerância em seus símbolos e atributos.

O Candomblé é lindo não é mesmo?

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