Compartilhando saberes, por Alan Geraldo. Professor de História, Candomblecista e escrivinhador.
sexta-feira, 4 de outubro de 2024
Quanto valeu cada trabalho?
Todos temos potencialidades, habilidades e vocações. E todas são importantes. Alguém que tem a disposição e capacidade de dedicar-se aos estudos da medicina teria a mesma disposição e capacidade se se tornar um pedreiro? Ou um faxineiro? Aquele com vocação intelectual para as ciências teria a disposição física para trabalhos que demandam força e resistência física? Não há medida para a valorização do trabalho. Não há medida em dinheiro que mensura o real valor de qualquer trabalho. E se a lei da oferta e da procura se responsabilizar por tal medida, a valorização será de acordo com as estruturas sociais e políticas que vigoram. E tais estruturas não oferecem as condições de formação e especialização em determinadas funções. Outra questão ainda mais essencial é que essa mesma lei muda a relação humana com o trabalho. O trabalho deixa de ser uma atividade voltada para o bem estar coletivo e serviço à sociedade. Deixa de sem uma contribuição social de cada indivíduo em função da necessidade coletiva. A lei da oferta e da procura desumaniza o trabalho. Sua função. Sua essência. Os serviços de um médico se tornam um produto. Ou seja, a capacidade de salvar e cuidar de vidas será trocada por um determinado valor em dinheiro. E quem não tiver essa quantia não terá os serviços. Do mesmo modo o professor. Um médico seria um médico sem um professor? Existiram ofícios sem professores, mestres? E por que um médico, ou um juiz, ganham tão a mais que os professores? Há medida para o valor do conhecimento? Dos valores humanos? Portanto qual é a medida para a relação entre trabalho e renda?
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