Oxum é mãe. Mãe do amor, do ciúme, da sensualidade misteriosa, da maternidade altruísta.
Oxum é a identidade de um país que se impõe patriarcal, mas que de nada seria se não fossem as tetas pretas que apesar dos abusos dava o leite, o afeto, o limite, o saber pra toda criança branca e mestiça nascida parida da sinhá ou de filha forçada pelo menino que ela ajudou a criar.
Oxum é mulher matriarca, rainha, guerreira, esposa, mãe ancestral trazida à força e renascida em rodas, giras, xirês, senzalas, quilombos e periferias.
Oxum é o ouro que brilha e reluz como espelho, que no mês 5, o mesmo mês das mães consumistas cristãs do ocidente, se toca o ijexá em todo centro e terreiro que tem nessa terra de tanta gente que decende de Oxum, a mãe do amor que se derrama em toda gente.
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