domingo, 29 de setembro de 2024

Subjetividade no conceito de Deus

Um fenômeno muito peculiar está ocorrendo no Brasil. Uma acelerada escalada de um fascismo neopentecostal nos poderes politicos e jurídicos. Religião e política se misturando na sua forma mais tóxica possível. 

E não há melhor antídoto para tal veneno do que o pensamento e o conhecimento.  

Falar sobre deus, religião e fé é necessário,  mesmo pra quem não tem. 

As discussões e concepções acerca de DEUS deveriam evoluir de um mero ponto de vista no qual DEUS é imagem e semelhança do homem, e atua com consciência sobre o mundo e sobre as pessoas, para outras formas de perceber isso.

 Por exemplo, muitas culturas religiosas consideram DEUS uma força cósmica que não necessariamente tem consciência, vontade. Deus é a própria essência do universo. É o próprio universo. E no universo não existe bem e mal. Existem forças opostas, que podem estar em equilíbrio ou não.

 E quem estabelece esse equilíbrio são as próprias forças e não Deus. DEUS, então, não é a representação do bem. É a representação da existência das coisas. Da vida, da energia universal. Deus, Adão, Eva, a Maçã... mitologia. Riquíssima, valiosa. Mas mitologia.
 Eva é a contestação da autoridade em pessoa. A própria Anarquia. Deus o Todo Poderoso só o é por monopolizar o o Conhecimento. Adão é o servo obediente. A maçã o próprio conhecimento (poder de Deus). 

Tudo isso é uma concepção (hebraica) riquíssima da essência das relações políticas e culturais que tem como alicerce poder e conhecimento, que no fim são as mesmas coisas.

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