"Século XXI onde tudo é comum" dizia o poeta. É comum de tanto que tem e todo mundo aceita.
Mas nem tudo que é comum é igual pra todo mundo.
Um vírus ou bactéria pega qualquer um, mas também mata na ordem direta e proporcional da sua classe social.
Tem muita coisa que não é comum, coisa que tem gente que tem sobrando, e tantas outras que tem gente que não tem nada nem nenhum.
Tem quem não tem renda, nem salário, vende almoço e compra a janta, todo dia sem nem férias nem feriado, pois em casa a fome aperta, o menino tá gripado.
Tem gente que não tem dinheiro pra nada, e reza pra não ter que ter despesa surpresa de farmácia.
Nem mesmo pro detergente, ou pra ração do cachorro, se sabe se vai sobrar.
Tem tanta gente que nem água de beber ainda tá tendo, mesmo com quase tudo conectado.
Tem criança e adolescente que não tem nem mesa dentro de casa pra sentar, nem janela pra abrir, pra deixar o quarto arejar. Que dirá internet, computador, celular pra estudar. Haja fé no Mérito.
Tem quem não pode comprar um tanto a mais pra guardar caso faltar. Come o que tem hoje, amanhã vê no que dá.
Tem muita gente que nada tem além da sorte, de Deus, dos santos, guias e orixás, e da capacidade des se virar e sobreviver, no que der, quando der, se der, se Deus dá.
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